A desvitalização de um dente não é um procedimento em si doloroso. Um dente pode ter que ser desvitalizado por já estar necrosado, ou por ter uma inflamação pulpar (pulpite) irreversível, a maior parte das vezes resultante de um processo infecioso. Na maioria das situações, o dente pode ser totalmente anestesiado, com mais, ou menos facilidade, de maneira a que o paciente não precise de sentir nada durante o procedimento. Por vezes, em situações de infeção aguda, pode haver dificuldade na atuação do anestésico. Nessas situações, o médico dentista poderá ter que recorrer a uma técnica anestésica ligeiramente mais dolorosa no início do procedimento. Durante o procedimento, o paciente não necessita de sentir qualquer tipo de dor, se a anestesia tiver sido dada adequadamente. Nos primeiros dias após a consulta, a resposta ao tratamento é variável de situação para situação. Na maioria das vezes, o paciente sente algum desconforto durante um a sete dias, ou não é referida qualquer sintomatologia. Raras vezes, pode ocorrer dor mais forte, principalmente nos primeiros três dias. Se tal acontecer, poderá ser necessário o médico dentista intervir antes da próxima marcação, no sentido de aliviar a sintomatologia. No entanto, essas situações são raras e normalmente fáceis de controlar em termos de sintomatologia. Deste modo, não deve ter receio de desvitalizar um dente. É um ato médico necessário para manter a função, após resolução da infeção.
Dra. Ana Cepêda
A ausência de um ou mais dentes impõe, não só um problema estético, mas também funcional e fonético, que influenciam de sobremaneira a sua qualidade de vida. A perda de um dente pode desencadear a movimentação (rotação e/ou inclinação) dos dentes vizinhos, modificando a sua mordida. Assim, a pessoa tende a mastigar mais para o lado oposto, sobrecarregando a dentição e musculatura. Os implantes dentários são, na maioria dos casos, a solução ideal para quem pretende recuperar a estética, função e conforto.
Cuide da sua saúde oral e melhore a sua qualidade de vida!
Dr. Diogo Rodrigues
Os implantes dentários podem ser colocados em pacientes com Diabetes desde que a doença esteja controlada.
Os diabéticos tipo I (insulino-dependentes) podem levar uma vida normal desde que sigam alguns cuidados, mas exigem mais disciplina e controle comparados àqueles tipo II (não insulino-dependentes).
Entre as principais características da Diabetes estão a baixa resposta reparadora e a pré-disposição a infecções. No entanto, não são fatores impeditivos para que o paciente faça um implante. O dentista deve submetê-lo a uma avaliação prévia e desenvolver uma boa técnica para obter os resultados desejados.
Para a realização de implantes dentários, podem precisar de uma preparação antes de se submeter ao procedimento, onde o médico ajustará a dieta e a medicação, além de orientar sobre o controle da taxa de glicose. O próprio médico dentista pode verificá-la através de um medidor de glicémia no intuito de também de evitar a hipoglicémia durante a intervenção. Se houver um controle dos níveis de glicémia, a cicatrização pode ocorrer normalmente, havendo a osteointegração, processo pelo qual o implante dentário se une de forma estável com o osso e ocorre da mesma forma como acontece com um paciente com saúde normal. Em diabéticos não controlados, a osteoinegração pode ser mais lenta e prejudicada, pois a condição hiperglicémica leva a dificuldades no processo de cicatrização e remodelação óssea. Além disso também estão sujeitos a infecções no pós-operatório se não forem adequadamente acompanhados com um tratamento com antibiótico de largo espectro, diminuindo a percentagem de insucesso. O prejuízo maior é a perda do implante, o que não impede que seja posteriormente realizado um novo procedimento para a instalação de um novo implante dentário.
Após colocação da coroa ou a prótese fixa, além da higiene realizada em casa, é necessário visitar o médico dentista a cada 6 meses para que ele faça higienização nos dentes e gengivas. Nessas consultas, o profissional também faz a proservação por meio de radiografias apicais, panorâmicas ou tomografias. Se a diabetes não está controlada, é recomendado que essas consultas aconteçam de 3 em 3 meses, para evitar problemas na manutenção e estabilidade do osso e gengivas desencadeados por essa condição.
Dr. Luís Soares
Os selantes são uma forma segura e indolor de proteger os dentes de lesões de cárie dentária. Estes não são mais que uma espécie de “verniz” aplicado na superfície dos dentes, que forma um escudo rígido e que evita que os alimentos e bactérias entrem nos pequenos espaços e fissuras dos dentes sãos e causem deterioração.
Constitui um recurso eficaz em termos preventivos no entanto não dispensa os bons hábitos de higiene oral dentária e a visita regular (6 em 6 meses) ao médico dentista.
Está indicada a aplicação de selante de fissuras nos primeiros e segundos molares definitivos, bem como nos pré-molares, cujo o período erupção varia entre os 5-8 anos e os de 10-14 anos, respetivamente. A reaplicação está indicada caso se verifique perda parcial ou total do selante, maximizando assim a sua eficácia. Os selantes podem sofrer desgastes ao longo do tempo o que pode levar à necessidade de substituição e por isso serão sempre necessárias as consultas de revisão e manutenção para assegurar a integridade dos mesmos.
Dra. Marta Gomes